quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Uma Lenda de Eostre (Ostara)


Para aqueles que não sabem, hoje comemoramos o Sabat de Eostre ( ou Ostara, segundo outros costumes), O Equinócio de Primavera. Uma festividade de boas vindas à Primavera e uma Saudação e uma Reverência à Grande Mãe, que aparece então, personificada na Pessoa de Eostre, Deusa Anglo-Saxônica que representa o Nascer e o despertar da Natureza.
Pesquisando, mais cedo sobre as origens desta Comemoração, encontrei uma lenda muito bonita que, posteriormente foi adaptada pela igreja de Roma a comemoração Pascal ( no Hemisfério Norte o Eostre é comemorado em 21-22 de Março, época da páscoa cristã) Que passo a redigir abaixo.Espero que gostem!!!^^


Dizem as lendas que Eostre tinha uma especial afeição por crianças. Onde quer que ela fosse, elas a seguiam e a Deusa adorava cantar e entretê-las com sua magia.

Um dia, Eostre estava sentada em um jardim com suas tão amadas crianças, quando um amável pássaro voou sobre elas e pousou na mão da Deusa. Ao dizer algumas palavras mágicas, o pássaro se transformou no animal favorito de Eostre, uma lebre.


Isto maravilhou as crianças.
 Com o passar dos meses, elas repararam que a lebre não estava feliz com a transformação, porque não mais podia cantar nem voar.
As crianças pediram a Eostre que revertesse o encantamento. Ela tentou de todas as formas, mas não conseguiu desfazer o encanto. A magia já estava feita e nada poderia revertê-la. Eostre decidiu esperar até que o inverno passasse, pois nesta época seu poder diminuía. Quem sabe quando a Primavera retornasse e ela fosse de novo restituída de seus poderes plenamente pudesse ao menos dar alguns momentos de alegria à lebre, transformando-a novamente em pássaro, nem que fosse por alguns momentos.


A lebre assim permaneceu até que então a Primavera chegou. Nessa época os poderes de Eostre estavam em seu apogeu e ela pôde transformar a lebre em um pássaro novamente, durante algum tempo. Agradecido, o pássaro botou ovos em homenagem a Eostre. Em celebração à sua liberdade e às crianças, que tinham pedido a Eostre que lhe concedesse sua forma original, o pássaro, transformado em lebre novamente, pintou os ovos e os distribuiu pelo mundo.

Para lembrar às pessoas de seu ato tolo de interferir no livre-arbítrio de alguém, Eostre entalhou a figura de uma lebre na lua que pode ser vista até hoje por nós.








terça-feira, 13 de setembro de 2011

A BONECA & A ROSA BRANCA


Eu estava andando em uma loja no shopping, quando eu vi a mão do caixa devolver um dinheiro a um menino. Ele não poderia ter mais do que 5 ou 6 anos de idade. A caixa disse:

-Me desculpe, mas você não tem dinheiro suficiente para comprar esta boneca.

Então o menino se virou para uma senhora próxima a ele:

-Vovó, você tem certeza que eu não tenho dinheiro suficiente?

A velha senhora respondeu:

-Você sabe que você não tem dinheiro suficiente para comprar esta boneca, querido.

Então ela pediu para ele ficar lá por apenas cinco minutos enquanto ela ia ao banheiro.

Ela saiu rapidamente.

O pequeno menino estava segurando a boneca em sua mão.

Caminhei, então, em direção ao garoto e perguntei para quem ele queria dar aquela boneca.

-É a boneca que minha irmã mais adorava, e queria muito no Natal. Tinha certeza de que Papai Noel iria trazê-la para ela.

Respondi-lhe que talvez o Papai Noel iria trazê-la no próximo natal, e que era pra ele não se preocupar. Mas ele respondeu-me com tristeza.

-Não, o Papai não poderá levar a boneca onde ela está agora. Eu tenho que dar a boneca para minha mãe para que ela possa dar a minha irmã quando ela for lá.

Seus olhos eram tão tristes ao dizer isso.

-Minha irmã foi para o céu com Deus. O papai diz que a mamãe vai ver Deus em breve também, então eu pensei que ela poderia levar a boneca com ela e entregar a minha irmã.

Meu coração quase parou.

O menino olhou para mim e disse:

-Eu disse ao papai para dizer a mamãe não ir ainda. Eu preciso dela para esperar até que eu volte do shopping.

Então ele me mostrou uma foto muito bonita dele onde ela estava rindo. Ele então me disse

-Eu quero que a mamãe tire uma foto minha com ela para ela não esquecer de mim. Eu amo a minha mãe e gostaria que ela não me deixasse, mas meu pai disse que ela tem que ir para ficar com a minha irmãzinha.

Então ele ficou olhando para a boneca com os olhos tristes e muito quietinho.

Eu rapidamente procurei minha carteira e disse ao garoto:

-E se nós verificarmos de novo? Apenas para saber se você tem ou não dinheiro suficiente para comprar a boneca?

Ele disse:

-Ok, eu espero ter o suficiente…

Acrescentei algumas das minhas moedas ao dinheiro dele, sem que ele percebesse, e começamos a contá-lo. Não foi só suficiente para a boneca, como também sobrou algum dinheiro. O menino disse:

-Obrigado Deus por me dar bastante dinheiro!

Então ele olhou para mim e disse:

-Eu pedi na última noite, antes de ir dormir, pra Deus para me certificar de que tinha dinheiro suficiente para comprar esta boneca, para que mamãe pudesse da-la à minha irmã. Ele me ouviu! Eu também queria ter dinheiro suficiente para comprar uma rosa branca para minha mãe, mas não me atrevi a pedir a Deus muito. Mas Ele me deu dinheiro suficiente para comprar a boneca e a rosa branca!...Minha mãe adora rosas brancas.

Poucos minutos depois, a velha senhora voltou e eu saí com a minha cesta. Terminei minhas compras num estado totalmente diferente de quando eu comecei. Eu não conseguia tirar aquele garotinho do meu pensamento. Então me lembrei de um artigo de jornal local de dois dias atrás, que mencionou um homem bêbado numa caminhonete, que bateu em um carro ocupado por uma mulher jovem e uma menina. A menina morreu na hora, e a mãe estava em estado crítico. A família teve de decidir se queriam desligar os aparelhos de suporte de vida, porque a jovem não seria capaz de se recuperar do coma.

Foi esta a família do menino?

Dois dias depois desse encontro com o garotinho, eu li no jornal que a jovem tinha morrido. Eu não pude deixar de ir lá, comprei um buquê de rosas brancas e fui à casa funerária onde o corpo da jovem foi exposto para as pessoas verem e fazer os últimos desejos antes de seu enterro. Ela estava lá, em seu caixão, segurando uma linda rosa branca em sua mão, a foto do garotinho e com a boneca em seu peito. Eu deixei o local, com lágrimas nos olhos, sensação de que minha vida havia mudado para sempre… O amor que o garotinho tinha por sua mãe e sua irmã ainda é, até hoje, difícil de imaginar. E em uma fração de segundo, um motorista bêbado tinha tirado tudo isso dele.


Agora você tem duas opções: 1) Repost esta mensagem. 2) Ignore-o como se isso nunca tocou seu coração.
Bom não é preciso comentar mais nada depois deste texto...

Um abraço a todos e uma ótima semana.


                       Raphael Convoitise - ABSYNTHE





sábado, 10 de setembro de 2011

A nossa Imagem e o Cenário a nossa volta



“As pessoas são como quadros.”
Não me lembro quando ou onde ouvi esta expressão. Mas, se bem interpretada, é uma sentença de grande valor. Por quê? Ora, porque as pessoas realmente o são!

Convido o leitor a se imaginar como um quadro, uma pintura.
Vamos! Não é tão difícil!

Quais são suas características mais marcantes?
Seus traços mostram apenas o que és fisicamente ou querem dizer algo a mais a seu respeito?]
O que compõe, então, a sua imagem?
A ‘Paisagem’ a sua volta interfere na sua ‘representação’?

Talvez, o Caro Leitor, não tenha se dado conta nem ao menos de seu ‘papel’ na atual Paisagem em que se encontra.
Sim! Neste exato momento!
Preste atenção a sua volta.
Qual a importância deste local, e das coisas que o cercam, na sua vida?

A Paisagem diz muito sobre nós!

Por mais que muitos de nós tentemos negar, a Paisagem, o Mundo, em que vivemos realmente tem influência sobre o q somos. Seja no modo em que falamos ou na forma em que vemos e interpretamos o mundo e as situações que nos rodeiam.
Mas, a questão é saber: até que ponto somos influenciados por isso? Até que ponto a paisagem interfere em nossos traços?

Faço um novo convite ao Amigo Leitor: Olhe-se nos Espelho e contemple cada traço que vê, não só físico, mas também emocional e mental. Que influências você recebeu?
As pessoas, muitas vezes, deixam partes delas conosco e/ou levam um pouquinho de nós com elas.
Qual sua Herança vinda de seus pais, familiares e amigos?
E mais, o que você herdou de completos estranhos?
O que a Paisagem que o cerca lhe dá como herança e o que isso diz/dirá a seu respeito?

Pode ser que não encontremos as respostas de imediato, com apenas um vislumbre. Mas como Pallas me disse: “ O importante não são as Respostas, Raphael, mas sim as Perguntas.”
Pergunte-se.

Olhe de novo.

Reflita.

Dê mais uma olhada.

O quê te fez/faz/fará ser o que És/Será?

Este é um exercício deveras interessante.

Só peço ao Leitor, que o faça de Boa Vontade.
Sem respostas prontas.
Sem respostas programadas baseadas em tudo o que ouviu e aprendeu.
Pergunte-se como aquele que se pergunta pela primeira vez.

Tente se redescobrir.
Aproxime-se novamente do seu Eu interior.
Quem é Você?
O Quê é você?
Não se preocupe se encontrará as Respostas, reitero, apenas pergunte-se.
Qual seu Real Objetivo?
Você pretende ter uma Identidade ou apenas fazer parte da Paisagem?

Pense nisso! ^^

Um caloroso abraço a todos vocês.

Raphael Convoitise - ABSYNTHE


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O (NÃO) SABER






Depois de pouco mais de um mês sem posts novos, devido a inúmeros fatores, volto hoje a escrever.
Volto com uma questão que mexeu comigo: o (Não) Saber.

Você alguma vez já se sentiu envergonhado por não saber de alguma coisa?
De repente em uma conversa de amigos, surge um determinado tema sobre o qual você não tem conhecimento, e isso na maioria das vezes, te deixa um tanto desconfortável em relação ao assunto e aos amigos. Algumas vezes você pode tentar fingir que sabe do que estão falando e, mesmo que pouco, tentar interagir na conversa.
Mas será que você já pensou na possibilidade de dizer: ‘Eu não sei’?

Eu, por exemplo, não sei muita coisa: Não domino muito bem outros idiomas, não conheço profundamente muitas culturas o tanto quanto eu gostaria, não sei fazer um monte de coisas que se fosse para citar aqui, teríamos uma lista infinita que aumentaria todas as vezes que eu me desse conta de mais uma coisa que eu simplesmente não sei.


Não sei do que se trata aquele livro do qual todos estão comentando, por que eu ainda não li.
Não sei se aquele filme é bom, por que eu ainda não assisti.
Não sei se aquele prato é bom, por que ainda não experimentei.
Não sei a história de vida daquela pessoa, por que eu não conheci.


Há tanta coisa que não sabemos!


E, na verdade, não somos ‘obrigados’ a saber. Levamos pelos caminhos da vida aquilo que nós aprendemos, e nossos caminhos são diferentes. Mas, isso, espero que o leitor tenha compreendido quando disse que não somos ‘obrigados’ a saber, não quer dizer que devamos morrer sem ao menos tentar conhecer as coisas das quais nos são faladas. Perdoem-me o termo que irei usar mas, não ser ‘obrigado’, não quer dizer que devemos viver na ignorância.


É preciso coragem e dizer: ‘Não, eu não sei.

E ainda: ‘Eu não sei, mas você pode me explicar?’


E é assim que nós vamos ganhando conhecimento.


Ninguém é tão sábio que não possa aprender uma nova lição, assim como ninguém é tão ignorante que não possa ensinar algo a outrem.
Sempre temos algo para passar adiante e, principalmente, para aprender, ao ouvir o que outras pessoas tem a nos dizer.


A maior parte das coisas que eu sei, foi o que eu vivi. Vem da minha experiência de vida, e essa ‘experiência de vida’ que eu adquiri, vem das perguntas que eu fiz e não necessariamente daquilo que aprendi no colégio.
Foram coisas que aprendi com pessoas ‘comuns’, que na maioria das vezes não tinham um título de mestre ou doutor, mas que são mestres que adquiriram conhecimento ao longo de suas vidas.


 Tudo o que precisei fazer para aprender com estes mestres da vida cotidiana, foi apenas perguntar, e muitas vezes dizer: EU NÃO SEI.
Meu Grande Companheiro (e também Mestre da Vida), Pallas, sempre diz que o mais importante da vida não são as RESPOSTAS e sim as PERGUNTAS. São as perguntas que movem o mundo. Este é um ensinamento inegavelmente verdadeiro e válido.

O simples fato de perguntar, abre portas para novos caminhos, novas amizades, abre a nossa mente para coisas que muitas vezes nem imaginamos que existem e o quão fundamentais e úteis podem ser na nossa vida e nas de quem nos rodeia.
Saber de Tudo é algo que nós nunca vamos conseguir mesmo, isso é fato, mas isso não nos impede de buscar incessantemente pelo conhecimento e, portanto novos horizontes.
Existe um provérbio cuja sabedoria se aplica exatamente ao post de hoje:

“Quem pergunta é tolo por cinco minutos, mas quem se cala é tolo para sempre.”

O Não Saber pode ser algo formidável!!! Não é algo limitante e sim uma abertura para novos conhecimentos.


Pense, reflita, fale, PERGUNTE!
Mas, sobretudo, aprenda algo tão importante quanto o Questionar, aprenda a OUVIR!

Um Abraço a todos, e um excelente dia!

                                  Raphael Convoitise - ABSYNTHE





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